quarta-feira, 14 de agosto de 2013

OS ANZÓIS

A capacidade do ser humano de inventar coisas é bem conhecida, principalmente quando se há uma necessidade de sobrevivência, com o anzol foi mais ou menos assim. O homem desde a sua evolução vem aprimorando as técnicas de caça para a sobrevivência e o anzol passou por esta evolução.
Pesquisadores acreditam que este instrumento já era utilizado a 30 mil anos atrás, onde através de escavações foram encontradas ganhos que possivelmente eram utilizados na captura de peixes.
Na Noruega foram encontrados 43 ganchos, acredita-se que os mais antigos datam de 7 mil anos atrás. Os materiais mais utilizados eram ossos, chifres e madeira, este último era muito utilizado por pescadores que consideram os anzóis flutuantes mais efetivos na captura dos peixes. No final do século dezenove os pescadores usaram anzóis de madeira nas grandes indústrias pesqueiras do bacalhau em Lofoten no Norte da Noruega, eles talhavam os seus anzóis numa variedade dura de madeira e queimaram a ponta para ficar mais dura.
 
Com os passar dos anos as indústrias foram se aperfeiçoando e novos materiais como modelos de anzóis foram sendo criados e aperfeiçoados. Vamos começar conhecendo as partes de um anzol.
 O local onde se amarra a linha no anzol, o olhal, pode variar de acordo com o anzol que está sendo utilizando, como na figura abaixo.
Argola – O mais usado e aceita a grande maioria dos nós.
Agulha – Mais usado para pesca oceânica.
Pata – Aceita poucos nós sendo o que transmite mais sensibilidade na linha.

O formato do anzol também, foi se modificando conforme a necessidade do pescador e o tipo de peixe a ser capturado. Começamos a falar da sua haste. Ela pode variar de acordo com a necessidade do pescador e qual espécie vai ser capturada.

Os anzóis também são confeccionados nos mais diversos modelos e formados, tudo de acordo com a espécie a ser capturada e a necessidade do pescador, vamos conhecê-los:
MARUSEIGO
Introduzido pelas empresas de pesca japonesa, este modelo curvado é muito utilizado na maioria das pescarias, anzol resistente e muito eficiente na hora das fisgadas.

WIDE GAPE
São anzóis curvados muito utilizados na pesca com isca naturais, como o camarão, anzol com arame fino porém muito resistente. Este modelo é muito utilizado na pesca do Robalo, mas é uma boa pedida na pesca em pesqueiros utilizando-se de ração, salsicha e principalmente miçanga.

CARLISLE
Anzol de haste longa muito utilizado em pescarias onde a dentição do peixe pode cortar a linha, o tamanho da sua haste age como um empate, não permitindo ao peixe contato com a linha.

OFF SET (Anzol para minhocas artificiais)
Modelo de anzol utilizado com soft baits ou as minhocas artificiais, muito apreciada pelos pescadores de Black Bass, mas que também são uma para a pesca de traíras.

HASTE CURTA
Anzol  muito utilizado para peixes de boca pequena, estes anzóis geralmente são feitos com arames mais grosso, algo que compensa o seu tamanho, muito resistentes são excelentes na fabricação de suportes Hook.

CIRCLE HOOK
Anzóis muito utilizados na pesca esportiva, já que o seu modelo circular faz com que a fisgada seja feita sempre no canto da boca do peixe, já que pelo seu formato, com a ponta voltada para dentro, faz o peixe não engula o anzol.

ANZOL COM FARPA NA HASTE
Utiliza-se este anzol geralmente na pesca com iscas naturais, já que as farpas localizadas na sua haste facilita a fixação das iscas, fazendo com que não se soltem do anzol.


Estes são os modelos de anzóis mais utilizados na maioria das pescarias, o que vai mudar é o seu tamanho, isso vai caber ao pescador buscar conhecer as espécies de peixes ali presentes e qual tipo de isca vai utilizar. Por isso a pesquisa prévia e a troca de ideias com pescadores que já pescaram na região onde vai ser a aventura é essencial. 

Um Forte Abraço
Tiago Macarin Rodrigues

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